Disponíveis no Brasil já há alguns anos, os recursos de tecnologia na saúde ganharam ainda mais destaque durante a pandemia. Sob o novo contexto de adaptações em praticamente todos os setores, profissionais de saúde e pacientes passaram a ganhar maior variedade de aplicativos e softwares quando o assunto é cuidar da saúde. De fácil usabilidade, esses recursos são úteis para uma série de finalidades, como disponibilizar consultas médicas e diagnósticos, além de auxiliar na organização de hospitais e clínicas.
A seguir, saiba mais sobre essas ferramentas e como elas podem contribuir com mais qualidade de vida para todos.
Conheça recursos de tecnologia na saúde

Telemedicina
Segundo a definição oficial do Conselho Federal de Medicina na Resolução CFM nº 1.643/2002, essa especialidade representa o exercício da medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde.
Ou seja, estamos falando de um recurso que oferece suporte diagnóstico de forma remota. Por meio da telemedicina, o paciente, da sua casa, tem acesso à interpretação de exames e à emissão de laudos médicos à distância, através de softwares e aplicativos de interação online.

Iniciada na década de 1960 – em plena corrida espacial, para garantir assistência aos astronautas –, a telemedicina chegou ao Brasil em 1994 e se expandiu significativamente durante a pandemia do novo coronavírus. Por conta do aumento da demanda nos hospitais, o atendimento remoto foi a solução para atender casos clínicos menos graves além dos crônicos, que exigem tratamento recorrente.
Relevância no mercado
Responsável por transformar o Centro de Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein em um dos principais players de telessaúde nos mercados nacional e internacional, o médico Eduardo Cordioli declarou ao blog do Escala que vê a telemedicina como uma área vital para qualquer operação hospitalar. “Ela já vinha crescendo de forma exponencial, mas o coronavírus acelerou o processo de tecnologia na saúde e assim ela deixa de ser marginal para se tornar parte do core”, opina.
“A telemedicina mantém a economia circulando, o paciente girando, mas ela também vai ser fator qualificador entre os sistemas privados de saúde. Quem não tiver telemedicina, está fora da competição. Você precisa ter, porque o paciente vai se relacionar com o hospital primariamente pelo universo digital.”
Benefícios
A pandemia destacou a telemedicina como vantajosa a médicos e pacientes por se tratar de um atendimento remoto, mas a verdade é que há muitos outros benefícios que ela engloba. A otimização de tempo é um deles, já que os dados dos pacientes ficam armazenados em sistemas de rápido acesso a profissionais autorizados.
A segurança de informações, inclusive, é mais um benefício da telemedicina, já que os arquivos emitidos só podem ser acessados por pessoas autorizadas e mediante validação e identificação do usuário. Todo o processo é realizado por meio de um software ou site seguro com certificação e criptografia de conteúdo.

Para completar, outra grande vantagem proporcionada pela telemedicina é a desburocratização de processos clínicos, aumentando a capacidade de serviços. Além disso, a economia se destaca, já que os profissionais podem usar equipamentos de acesso remoto como tablets, computadores e até smartphones para analisar exames, dispensando o uso de estações de trabalho para essa finalidade.
Como aplicar
Para incorporar esse importante recurso de tecnologia na saúde que é a telemedicina é preciso se atentar a alguns aspectos. Para começar, todos os profissionais que serão responsáveis pelos teleatendimentos devem ter o Certificado Digital Padrão ICP-Brasil (E-CPF), para que possam assinar documentos digitalmente.
Também é preciso ter acesso a um software de telemedicina que atenda aos requisitos da legislação e normas do CFM. “É necessário escolher uma plataforma segura de telemedicina, com atenção a segurança de dados e vazamento de informação, que possua uma interface amigável e proporcione uma boa experiência UX para os pacientes”, coloca Eduardo Cordioli.

“Além disso, é importante garantir que o hospital tenha médicos dedicados e especialistas da área de saúde digital. Não adianta achar que telemedicina é um Skype e que você pode jogar qualquer profissional de saúde lá. Ele precisa ser capacitado para isso, porque o maior fator de segurança na telemedicina é o próprio profissional da saúde, pois ele determina o que é seguro orientar que o paciente faça à distância. A mesma responsabilidade legal que você tem atendendo uma pessoa presencialmente, você tem ao atender o paciente à distância”, completa o médico.
Outras funcionalidades que o programa deve ter é a permissão de agendamentos e pagamentos online, integração para realizar videochamadas, prontuário eletrônico e possibilidade de realizar assinatura digital padrão ICP-Brasil / CFM em receitas, atestados, solicitação de exames e outros documentos de encaminhamento.
Já em caso de atendimento via convênio médico, a instituição de saúde deverá contatar as operadoras de saúde para se inteirar sobre as regras específicas para a realização dos teleatendimentos.
Aplicativos de gestão de escalas
Seja para garantir a eficiência dos atendimentos presenciais ou remotos, gerir o quadro de profissionais de saúde nas instituições se torna um processo bem menos complexo com o auxílio de aplicativos de plantão médico e gestão de jornadas dos profissionais de saúde em geral, outro recurso de tecnologia na saúde que tem se destacado.
As soluções desenvolvidas pelo Escala contribuem, por exemplo, com o gerenciamento de plantões em clínicas, UPAs, hospitais, cooperativas de saúde e homecare. Com cases de sucesso em grandes empresas, o Escala nasceu para atender a demanda de um dos gigantes da saúde na América Latina, o Hospital Israelita Albert Einstein. E o negócio deu tão certo que a plataforma em nuvem do Escala expandiu suas funcionalidades e hoje auxilia a gestão hospitalar em grandes instituições do Brasil inteiro.
Quais as vantagens?
Contar com uma solução como o Escala faz a empresa economizar tempo. Isso porque os produtos do Escala garantem ao organizador agilidade para planejar os turnos de trabalho e alocar os profissionais através de uma interface simples e intuitiva, cuidando de remanejamentos em poucos cliques e mantendo uma eficiente comunicação hospitalar.
Mais um benefício que a ferramenta oferece é o acompanhamento das regras válidas na empresa. Assim, ela distribui folgas de forma otimizada e resolve conflitos de escala em segundos, sem sobrecarregar funcionários. Temos um produto, inclusive, configurado com a CLT, que contribui com a prevenção de passivos trabalhistas.
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Inteligência artificial
Todos os recursos que você viu até aqui fazem uso de uma mesma tecnologia na saúde: a inteligência artificial (IA). Mas as vantagens que ela oferece não param por aí. A grande questão por trás desse recurso é que graças aos seus algoritmos que aprendem com o tempo, ferramentas de IA analisam dados com precisão. Isso permite, por exemplo, auxílio no diagnóstico de doenças e na indicação de tratamentos.

Diferenciais
Como você viu, o suporte no diagnóstico e na indicação de tratamentos estão entre as maiores vantagens do uso de IA na saúde. Afinal de contas, os softwares, cada vez mais precisos, têm capacidade para realizar um rastreamento minucioso desde o estado do paciente até seu histórico clínico e familiar, levantando a probabilidade de desenvolvimento de certas doenças. Ou seja: estamos falando de diagnóstico precoce, um grande aliado de médicos e pacientes, que aumenta expressivamente as chances de cura.
Hoje até já se sabe que máquinas que se comportam muito bem na leitura de exames de mamografia podem ser até mais precisas que os médicos. Não que um substitua o outro, é claro, mas a atuação conjunta de profissionais e IA só tem a ganhar!
Rapidez em pesquisas e correlação de dados, organização de escalas, agendas e documentos, cálculo da dosagem correta de medicamentos, entre muitos outros fatores fazem parte da lista de vantagens do uso de IA na saúde.
Onde encontro esses recursos?
A internet é uma grande fonte de busca por essas ferramentas. Se você atua no RH de alguma instituição de saúde, troque informações com colegas da área. Boas opções não faltam! Como mais uma sugestão de fonte de consulta, a página do Laboratório de Inovação do Hospital Israelita Albert Einstein reúne os produtos desenvolvidos pelo departamento, como o Escala. Cada um deles oferece soluções inovadoras para o setor da saúde.
Aplicativos de acompanhamento de pacientes
Você viu neste artigo a importância da telemedicina quando falamos em atendimento remoto e armazenamento de dados. Mas, além disso, por que não contar com ferramentas que os pacientes possam utilizar por conta própria para registrar sintomas e ter acesso a informações sobre a sua saúde?
Já existem no mercado opções de aplicativos voltados para essa finalidade. Eles se destacam especialmente no contexto de doenças crônicas, que precisam de tratamento recorrente. De uso do paciente e dos profissionais de saúde que o acompanham, essas ferramentas de tecnologia na saúde são boas alternativas de centralização de informações e oferta de autonomia ao paciente.
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Alternativas
Hoje já existem até clínicas que produzem os seus próprios aplicativos para acompanhamento de pacientes. Mas além desses produtos específicos, existem outros de uso geral (embora algumas opções sejam pagas). Uma dica é pesquisar nas lojas de aplicativos e ver quais podem contribuir no seu contexto.
Para os pacientes, entre os mais populares estão o de acompanhamento da menstruação, diários alimentares e aqueles que monitoram passos. Todas as informações contidas nesses programas podem ser compartilhadas nas consultas e certamente ajudarão os profissionais de saúde na tomada de decisões.

E é pelo crescimento desses e tantos outros recursos de tecnologia na saúde que uma das grandes tendências para os próximos anos são os hospitais inteligentes. Estamos falando de locais com uma infraestrutura conectada com dispositivos médicos inteligentes, tudo para melhorar a experiência do paciente e dos próprios colaboradores dessas instituições, otimizando processos e contribuindo com toda a sociedade.
Uma resposta
Atuo na área da saúde e realmente investir em inovação e tecnologia é um dos melhores caminhos. Excelente artigo, me trouxe vários insights!! Aliás, já compartilhei com minhas amigas que trabalham na gestão e quebram a cabeça diariamente com escalas de plantão.
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