Organize a folha de pagamento com o novo piso salarial da enfermagem

Publicado em 21 junho, 2023

Atualizado em 29 setembro, 2023 | Leitura: 7 min

O pagamento do piso salarial da enfermagem tem sido um dos assuntos mais recorrentes desde o ano passado. A expectativa pela prática da Lei 14.434/2022 tem tomado os trabalhadores da área e, também, os gestores das instituições de saúde, que devem rever recursos já que o custo da folha deve subir em breve.

A boa notícia é que os gestores já podem contar com tecnologias para ajudar na preservação da sustentabilidade das suas instituições, mesmo com as mudanças. A dica está na reorganização da força de trabalho, que com alguns cuidados pode continuar dando conta do atendimento sem desfalcar as finanças. Saiba mais.

Enfermeira sorrindo sentada em mesa com laptop aberto e segurando celular - Imagem de Freepik
Imagem: Freepik

O que é o piso da enfermagem?

A Lei 14.434/2022 foi criada com o objetivo de instituir um piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Segundo a lei, enfermeiros contratados sob o regime da CLT devem receber, no mínimo, R$ 4.750 por mês. Para os técnicos de enfermagem, o piso é de 70% desse valor (ou seja, R$ 3.325). E para os auxiliares de enfermagem e parteiras, de 50% (R$ 2.375).

De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), independente de acordos ou convenções coletivas, o piso se aplica a todos os trabalhadores da área, sejam do setor público ou privado.

A discussão sobre o piso é antiga e a lei, entre idas e vindas, foi aprovada e a expectativa é que os novos salários entrem em vigor em breve. No funcionalismo público, o Ministério da Saúde já iniciou os repasses de recursos complementares às instituições para garantir o pagamento do piso salarial da enfermagem. 

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Quais os impactos para as instituições de saúde?

Entre as maiores polêmicas sobre o pagamento do piso salarial da enfermagem estão as alegações de que o aumento dos salários poderia gerar demissões em massa e, consequentemente, afetar a qualidade dos serviços. A expectativa, porém, é que esses problemas sejam evitados com o repasse de verbas por parte do governo.

No entanto, em instituições particulares, as incertezas continuam. É o momento de voltar a atenção à gestão hospitalar e buscar estratégias. E entre as oportunidades para não sofrer com as mudanças, vale ter especial cuidado em reorganizar o sistema de dimensionamento técnico. Por meio dele será possível otimizar e sustentabilizar os recursos humanos e financeiros.

O que é dimensionamento de enfermagem?

O dimensionamento adequado é fundamental para garantir a segurança dos profissionais, gestores e pacientes. O Cofen, por meio da Resolução 543/2017, estabelece os parâmetros mínimos para dimensionar o quantitativo de trabalhadores na enfermagem.

Dimensionar é identificar o quantitativo adequado de trabalhadores de acordo com as suas habilidades e conhecimento para proporcionar a produção necessária, de forma sustentável e de acordo com os padrões de qualidade exigidos.

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Dificuldades

Além da experiência do paciente, o dimensionamento está diretamente ligado à experiência do colaborador. Quando a equipe não é organizada adequadamente, das duas, uma: ou os profissionais ficam ociosos pela falta de demanda ou precisam se desdobrar para dar conta de setores subdimensionados.

E daí a conta chega: mais de 70% dos profissionais de enfermagem apresentam fortes sinais de esgotamento e cansaço por excesso e sobrecarga de trabalho, segundo dados da Fiocruz. Em consonância com esse número expressivo de acometimentos, encontra-se a dificuldade dos serviços em sistematizar um dimensionamento em acordo com as normativas. 

Sem dúvidas, é um desafio, mas já existem bons exemplos de práticas para solucionar essas questões. Veja abaixo.

Soluções

Desenvolvido no Laboratório de Inovação do Hospital Israelita Albert Einstein, o sistema online de gestão de escalas Escala Jornadas conta com o módulo de dimensionamento, configurado com as predições válidas na instituição, que colabora diretamente com a organização dos colaboradores de maneira mais assertiva.

Por meio da funcionalidade, é possível ter a visualização simultânea dos setores e identificar rapidamente áreas super e subdimensionadas, inclusive com uma previsão de demanda para as próximas semanas. O próprio sistema informa o saldo ideal de profissionais e indica opções de remanejamento, que pode ser feito em poucos cliques pelo organizador.

De acordo com a enfermeira Daniela Rebouças, do Residencial Israelita Albert Einstein, com o dimensionamento os benefícios são sentidos pela instituição, colaboradores e pacientes:

Instituição

  • garantia do comprometimento com a excelência e a qualidade do cuidado;
  • redução de honorários com horas extras; 
  • preservação do embasamento durante os acordos com gestores e diretores para definição das equipes e o cumprimento dos parâmetros legais e técnicos;
  • prestação de atendimento ágil e humanizado.

Colaboradores

  • redução e mitigação de absenteísmo e atestados;
  • favorecimento da satisfação no ambiente de trabalho;
  • diminuição do estresse laboral e de riscos ao trabalhador.

Pacientes

  • aumento da segurança;
  • redução de queixas com o serviço.

“Um ambiente favorável às condições de trabalho transmite aos enfermeiros e suas respectivas equipes a certeza de que a cultura e respeito à segurança do paciente e colaborador são práticas incontestáveis e que a prestação do cuidado deverá ser baseada em excelência e qualidade.”

Por outro lado, condições desfavoráveis de trabalho contribuem com falhas humanas e, consequentemente, comprometem a segurança do paciente, o colaborador e a credibilidade do serviço.

Como o dimensionamento de equipes pode ajudar com o novo piso da enfermagem

“O perfil dos pacientes pode alterar dinamicamente a composição do serviço, mas o Escala nos permite visualizar em tempo real e de forma racional qual o remanejamento necessário e adequado para atender às demandas assistenciais em cada cenário”, coloca Daniela.

A enfermeira enfatiza que a compreensão da associação entre as variáveis relacionadas ao dimensionamento – taxas de ocupação, nível assistencial dos pacientes e a quantidade de colaboradores respeitando a categoria profissional necessária para atender demandas – propicia tomadas de decisão assertivas em relação ao investimento e à própria implantação da proposta do piso salarial, preservando a sustentabilidade da instituição e a otimização de seus recursos financeiros.   

“Por exemplo, em um cenário com evidência de baixa complexidade assistencial, certamente haverá a necessidade de um número maior de auxiliares de enfermagem do que técnicos de enfermagem, favorecendo, assim, a otimização do recurso certo para o local certo”, ilustra Daniela.

Com um WFM bem configurado, a instituição consegue dimensionar melhor o quadro de funcionários. Os clientes Escala têm reduzido cerca de 30% do custo de folha ao ajustar suas equipes para o tamanho ideal com o dimensionamento do Jornadas. Tudo isso respeitando a CLT e acordos sindicais. 

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Raphael Tavares

Com 20 anos de experiência no mercado de tecnologia e marketing, Raphael Tavares é o chief revenue officer (CRO) do Escala. É responsável pela integração dos times de Marketing, Vendas e Customer success (CS) da empresa.
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