Segundo uma pesquisa feita pela rede social LinkedIn e divulgada pelo G1, a chegada da pandemia de covid-19 fez 78% dos profissionais brasileiros desejarem ou necessitarem de alguma flexibilidade no trabalho.
Tanto é que em muitos casos essa postura mais flexível partiu dos próprios empregadores, já que o distanciamento social e a reestruturação da sociedade demandaram uma maior desburocratização de regras. O levantamento, inclusive, informa que 23% dos entrevistados permaneceriam mais tempo em um emprego mais flexível.
Mas o que é exatamente essa flexibilidade no trabalho? Como ela pode gerar mudanças positivas? Entenda.

O que é flexibilidade no trabalho
Flexibilidade no trabalho é a oportunidade conferida por um empregador para que o colaborador tenha mais liberdade de escolher como vai executar sua função.
Ao fornecer uma alternativa ao formato rígido e tradicional do trabalho presencial, da carga horária fixa e demais burocracias, o empregador faz uma aposta no funcionário, conferindo-lhe autonomia em troca de desempenho.
Horário e local de trabalho, rotina, férias, folgas e benefícios são pontos que podem ser impactados pela flexibilidade no trabalho, a depender das características de cada empresa.
Mas vale pontuar que essa flexibilização também exige da empresa alguma reformulação, já que abre as portas para a criação de um novo modelo de gestão, afinal de contas o funcionário que tem mais liberdade, naturalmente, carrega consigo mais responsabilidade.
Por que a flexibilidade no trabalho está em alta
O avanço da tecnologia e as mudanças socioeconômicas mundiais abriram essa possibilidade de adaptar rotinas. Mas não estamos falando de um fenômeno tão recente assim…
O próprio home office, tão impulsionado pela pandemia, é citado na CLT desde 2017, após a reforma trabalhista. Mas até pelo contexto que a pandemia trouxe, ganhamos novas regras sobre o teletrabalho na legislação nos últimos anos, e mesmo determinações sobre o trabalho híbrido.
E tem mais. Termos como casual day (um dia para se vestir de maneira casual) e short friday (expediente mais curto às sextas-feiras, depois de compensar essas horas no resto da semana) há muito foram incorporados ao dialeto do trabalhador junto do home office, hot desking, coworking (modelos de compartilhamento de espaços de trabalho) e tantos outros…
E como exemplos mundo afora vêm mostrando, a flexibilidade no trabalho é um ganho para empregadores e empregados. Nada como otimizar processos com a ajuda da tecnologia, descomplicar a rotina corporativa e ganhar tempo para o que realmente importa! Essas práticas reduzem custos, trazem mais produtividade e a tendência são resultados ainda melhores, com funcionários satisfeitos.
Como desenvolver flexibilidade no trabalho, exemplos:
Há algumas formas para fazer isso, veja sugestões.
Carga horária e local
Essa é possivelmente a alteração mais sensível para o funcionário. Abrir mão da rigidez de horário e local de trabalho permite que cada um personalize sua rotina, de modo a integrá-la melhor à vida pessoal.
Ao trabalhador, cabe cumprir sua jornada de trabalho e carga horária previamente estipuladas em contrato. Porém, a empresa pode adotar uma postura mais flexível em casos, por exemplo, em que o funcionário queira adiantar o horário de início para sair mais cedo.
Ou caso ele queira trocar de turno com algum colega ou até mesmo levantar suas preferências de folga. Um bom exemplo de flexibilidade no trabalho é levar essas informações em conta ao montar as escalas, e com a tecnologia é fácil fazer tudo isso. E a própria empresa sai ganhando, sem risco de furos e ausências já que o colaborador ganha a chance de se organizar como gostaria.
O mesmo vale para o local de trabalho. Há quem prefira a segurança do escritório e há quem goste mais do conforto do lar. É possível, até, variar: home office em épocas de menor fluxo de trabalho ou em dias de mais trânsito na cidade, por exemplo, adotando um modelo híbrido bem flexível.

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Processos agilizados
Processos internos são as atividades que acontecem dentro de uma empresa para que ela alcance o objetivo a que se propõe. Em um formato flexível de trabalho, eles devem ser ágeis de modo a maximizar o tempo que será organizado por cada funcionário.
É o caso de reuniões produtivas e curtas, que podem ser feitas aproveitando recursos tecnológicos como as plataformas digitais tão popularizadas durante a pandemia da covid-19. Reduzir as equipes para esse contato direto e fazer acompanhamento por meio de fóruns virtuais também pode ajudar.
Hierarquia diluída
Se a ideia é dar autonomia, por que não envolver mais pessoas na tomada de decisão, com a redução da distância entre líderes e liderados? Engajar funcionários em diferentes níveis do processo de trabalho, desde que sejam compatíveis com a função, pode atender a esse objetivo.
Ao ouvir a opinião de quem, de fato, executa a função, o gestor abre seu campo de visão e valoriza os funcionários, que por sua vez passam a ter um approach mais global do que acontece no ambiente de trabalho.

Benefícios personalizados
A flexibilidade no trabalho também pode passar pelos benefícios oferecidos. Com a chegada da pandemia, algumas empresas ofereceram incentivos para que os funcionários aperfeiçoassem a estrutura dos seus escritórios em casa, como com a oferta de cadeiras confortáveis ou permitindo o empréstimo de suas sedes, uma medida que influi diretamente na produtividade.
Parcerias com redes de coworking (para que o trabalho remoto seja feito em outros locais que não o home office, se necessário ou desejado) e benefícios de internet e telefonia são outras alternativas.
Descentralização do escritório
Todas essas dicas vão fatalmente gerar um processo de descentralização do escritório. Será possível estabelecer fluxos de trabalho personalizados e executáveis de qualquer lugar. Abre-se até a possibilidade do chamado anywhere office: com um dispositivo eletrônico e internet, o colaborador vai poder, literalmente, trabalhar de qualquer lugar do mundo.
Uma das formas tecnológicas de fazer essa gestão é utilizando o Escala Espaços, uma plataforma por meio da qual é possível gerenciar o revezamento e compartilhamento de espaços de trabalho, otimizar recursos e infraestrutura. Isso diminui problemas com deslocamento e oferece autonomia para os funcionários, melhorando o seu bem-estar e segurança.
No escritório corporativo da Cinemark, em São Paulo, a flexibilidade no trabalho está presente no modelo híbrido adotado pela empresa e na liberdade dos colaboradores de fazerem suas reservas de preferência nos dias presenciais.
Mais autonomia
Um dos maiores exemplos de flexibilidade no trabalho é a oferta de maior autonomia ao colaborador. Afinal, como pudemos entender neste artigo, nessa modalidade ele pode escolher como executar sua função. É claro que ele ainda tem prazos e metas a cumprir, mas a maneira de trabalhar se torna uma opção dele.
E até pensando na descentralização do escritório e no horário flexível, ferramentas de WFM ajudam a acompanhar a jornada mesmo de maneira remota. Já imaginou acompanhar as escalas dos colaboradores pelo celular? Saber quem já chegou? Tudo de maneira online e em tempo real?
Por meio das soluções do Escala tudo isso é possível. E pontos a favor da autonomia são que o próprio profissional tem acesso às suas escalas pelo seu aparelho e ele mesmo pode fazer trocas com os colegas por ali, cabendo ao gestor aprovar.
O colaborador também pode registrar suas preferências de folga, que serão consideradas pelo sistema na montagem das escalas. Isso aumenta o protagonismo, merecido, dos profissionais, afinal são eles que fazem a operação acontecer.
Conclusão: qual a importância da flexibilidade no trabalho?
Para o colaborador, ter mais liberdade e autonomia por meio da flexibilidade no trabalho pode melhorar o índice de absenteísmo, reduzindo faltas e atrasos. Afinal de contas, a tendência é que ele consiga equilibrar melhor os compromissos pessoais com o trabalho, sem afetar nenhum aspecto. A longo prazo, o impacto na motivação e na saúde mental são consequências notórias.
E para a empresa, além de contar com uma equipe mais motivada, a flexibilidade no trabalho mostra que é possível colher bons resultados sem engessar processos. Os gestores, inclusive, ganham tempo ao descentralizar tarefas, e a transparência de ponta a ponta só tende a aumentar a credibilidade do negócio, que se torna mais atrativo para novos talentos, investidores e clientes.