Devido ao ritmo constante de grandes demandas de atendimento nos hospitais, clínicas e demais instituições de saúde, inúmeros profissionais têm sofrido com cargas de trabalho excessivas, desgaste emocional e físico, considerados sintomas da síndrome de burnout.
Atualmente, esta síndrome, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é comum em profissões que demandam muitas horas trabalhadas e impõem um alto nível de pressão e de cobranças. Ou seja, os profissionais que lidam, diariamente, com os problemas de saúde de seus pacientes, bem como com processos delicados e que impactam diretamente a vida de outras pessoas, têm mais facilidade de desenvolver doenças psicológicas como o Burnout.
É importante, portanto, entender e saber como lidar com esta síndrome, que quando não tratada devidamente pode, inclusive, desencadear a depressão. Veja a seguir.
A síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
Portanto, a principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Com isso, esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.
Os principais sinais e sintomas que podem indicar a síndrome de Burnout são:
Uma vez que o bem estar do profissional da saúde está, em grande parte, relacionado aos diferentes estressores ocupacionais da profissão, como as longas jornadas de trabalho, a falta de reconhecimento profissional, a exposição constante a riscos químicos e físicos, assim como o contato constante com o sofrimento, a dor e, para alguns, até mesmo a morte, estes são alvos fáceis para distúrbios emocionais como a síndrome de Burnout.
De acordo com a International Stress Management Association, este distúrbio atinge cerca de 32% dos profissionais de saúde ativos no mercado. Uma pesquisa realizada em 2015 revelou ainda que mais de 50% dos médicos possuíam um ou mais sintomas do excesso de estresse.
É importante que esses profissionais recebam, portanto, o devido acompanhamento de sua saúde mental e emocional. Medida que vale, não somente para períodos de alta demanda como o que estamos enfrentando.
Logo, dentro do cenário de saúde existem inúmeros fatores que possibilitam o desencadeamento de síndromes emocionais como a síndrome de Burnout. Afinal, como dito anteriormente, os profissionais de saúde lidam com a dor e a morte todos os dias, portanto, atuando num cenário profissional frustrante e às vezes caótico.
Alguns dos fatores que estão diretamente relacionados ao desencadeando da síndrome de burnout, portanto, são:
Nestas condições, estes feitos se transformam em compulsão, até o momento em que o organismo do profissional entre em colapso e ele desenvolva reais problemas psicológicos. É importante, portanto, que se combata a ideia de que os problemas profissionais são oriundos de falhas pessoais ou incapacidade, em especial no setor de saúde.
Para evitar que a sua equipe médica entre em colapso, devido às consequências da alta demanda de trabalho, é importante se atentar à algumas recomendações, como:
Dessa forma, o atual cenário de pandemia do COVID-19 tem despertado sentimentos constantes de ansiedade e medo em todos. Nesta situação, os profissionais que trabalham na linha de frente do combate ao coronavírus se encontram ainda mais sujeitos a desenvolver síndromes psicológicas como o Burnout. Afinal, eles enfrentam, diariamente, grande sobrecarga emocional e até mesmo ambientes de trabalho com pouca estrutura para uma grande demanda.
Por isso, é comum que esses trabalhadores sintam o aumento nos sintomas de ansiedade, estresse, depressão, perda da qualidade do sono, entre outros psicossomáticos.
A sua missão, enquanto instituição de saúde, é garantir que esses profissionais recebam o melhor acompanhamento e possuam um ambiente de trabalho saudável.